sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

TOPLESSAÇO E COMO SOMOS RIDÍCULOS


RIDÍCULO! É o mínimo que podemos dizer quando olhamos a foto onde vemos um bando de fotógrafos e curiosos cercando a solitária praticante de topless.  Uma imagem que demonstra que o brasileiro ainda não consegue lidar de modo natural com a nudez, mesmo que parcial, fato já perfeitamente assimilado em outras culturas, compondo suas paisagens cotidianas.

Esta imagem me faz lembrar outra, bastante difundida nos livros escolares, quando os portugueses aqui aportaram pela primeira vez, só que num contexto inverso. Os índios nus, espantados e cheios de curiosidade, cercando os europeus majestosamente vestidos. Percebemos, assim, o quanto estamos distantes de nossas origens, dissociados de nossas raízes. Um simples par de seios provoca uma imensa marola, capaz de mobilizar dezenas de pessoas, digo homens, ao tempo em que se constitui num fenômeno midiático.

Interessante à ambiguidade do brasileiro. A nudez sexualizada, a do carnaval, das revistas e da globeleza é aceita e admirada. Uma nudez que não causa espanto, ao contrário, que eleva ao patamar de “celebridade” e “reconhecimento” quem a pratica. Nudez propositadamente erotizada, e não raro, em busca de ganhos financeiros.   Porém, a mera prática do topless, que em tese deveria ser corriqueiro e sem grande importância, pode transformar-se em caso polícia. O mais significativo é que tal situação ocorra em pleno século XXI, na cidade do Rio de Janeiro, considerada uma das mais liberais, ou talvez a mais liberal, entre as cidades brasileiras.

Se para o nativo deste país é difícil entender, pense então como fica nas cabeças dos gringos. O país da tanga não tem “peito” para encarar o topless! Explique!

O Toplessaço, ou a tentativa de, mostrou o quanto ridículos e ignorantes ainda somos.
Aracaju/Sergipe

quinta-feira, 4 de abril de 2013

CASO DE POLÍCIA

Esta semana a cidade de Curitiba presenciou uma cena digna de cinema. Valorosos soldados da Policia Militar enfrentaram perigosíssimos atores de um grupo teatral, participantes do Festival de Teatro de Curitiba, que se apresentavam na rua.


Os valorosos soldados tiveram que recorrer às armas e utilizaram-se de cinco viaturas para conter os perigosos “meliantes”, que, por instantes, se apresentavam nus ao final do espetáculo. Afinal, uma arma letal como a nudez não pode ser exposta publicamente.

Parabéns aos valorosos soldados, verdadeiros heróis, que em defesa da sociedade colocaram suas vidas em risco, evitando, com certeza, uma tragédia de maiores proporções.

Esperamos que esta grande demonstração de bravura se torne habitual no enfrentamento de outros perigosos bandidos, como por exemplo, alguns políticos.



Nilton Fonseca

Aracaju - Sergipe





quinta-feira, 21 de março de 2013

Fin - The End

Durou muito pouco a experiência do naturismo organizado em Sergipe. Por questões internas o grupo Serginat se desfez. Continuamos naturistas, mas cada em seu mundo...
Na sua curta existência a Serginat não chegou a efetivar nenhum encontro ao natural, apesar de alguns membros terem participado de eventos em Massarandupio e Tambaba.
Voltamos à estaca zero, a busca continua....

Lamentável.
Aracaju/Sergipe

quinta-feira, 14 de março de 2013

A VERGONHA DAS DINAMARQUESAS

Ginastas da Dinamarca se dizem com vergonha por topless em Copacabana


'Na Dinamarca isso é comum', disse treinadora da equipe nacional. Após flagra do G1 repercutir até na Europa, jovens ficaram tímidas

"Nós soubemos que uma foto saiu na imprensa e as meninas ficaram envergonhadas. Elas não sabiam que o topless é proibido no Brasil, porque na Dinamarca isso é comum”.

(http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/03/ginastas-da-dinamarca-se-dizem-com-vergonha-por-topless-em-copacabana.html)

No Brasil a mulher pode ficar nua:

- Na televisão

- Na playboy

- Nos comerciais

- No carnaval

- Nos filmes e novelas

Mas fazer topless, na praia, não pode: é atentado ao pudor.

Nos espaços “permitidos” a nudez feminina é sexualizada. Raramente uma cena de nudez é apresentada fora do contexto sexual. Daí que no imaginário do brasileiro toda mulher nua (homens também) é um objeto sexual, ele não consegue ver seios e bundas como uma região corporal qualquer, pois nudez significa, necessariamente, sexo.

Realmente fica difícil para o estrangeiro entender esta dualidade. Acho que ficaram com vergonha, não da própria nudez, mas da nossa mentalidade terceiro-mundista, não confundir com nudista.

Abraços naturais.

Aracaju-Sergipe